AUTISMO: o que é e como trabalhar com crianças AUTISTAS

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O Transtorno do Espectro do Autista (TEA) reúne quatro desordens do desenvolvimento neurológico presente desde o nascimento ou começo da infância: transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado de desenvolvimento não-especificado e Síndrome de Asperger.

Ele representa um dos transtornos do neurodesenvolvimento mais prevalente na infância.

O Autismo representa uma alteração bastante complexa do neurodesenvolvimento e interfere em muitas esferas na vida, como por exemplo nas habilidades de comunicação e interação social.

Quais são os sinais e características do autismo?

  • Dificuldade de se relacionar com pessoas da mesma idade;
  • Choro ou risada inadequada;
  • Brinca ou usa brinquedos de forma incomum;
  • Sensibilidade a alguns sons;
  • Atraso ou ausência de fala;
  • Falta de consciência de perigo;
  • Dificuldade em aceitar mudanças na rotina;

Quanto mais conhecemos as crianças e suas necessidades, melhor podemos nos encaixar no mundo delas.

Como é feito o diagnóstico do autismo?

  • O diagnóstico é clínico;
  • Pode ser genético na grande maioria dos casos (e é extremamente complexo);

O mais importante diante de uma alteração no desenvolvimento é iniciar as terapias necessárias. O diagnóstico virá com o tempo que só o acompanhamento da criança nos dá.

A importância da rotina para o autista

  • Melhora o comportamento;
  • Ambiente saudável;
  • Ensina a organização;
  • Confiança e independência;
  • Evita o estresse;
  • Segurança;
  • Controle;
  • Acaba com a ansiedade.

Para as crianças autistas que apresentam dificuldade na concentração e interação social, a rotina é fundamental e ajuda a diminuir a sensação de insegurança, de confusão e ansiedade.

O que pode desencadear uma crise?

Crianças com Autismo costumam ser sensíveis a algumas interações no dia a dia. Por isso, é importante ficar atento a tais fatores que podem levar a uma crise, como:

  • quebra de rotina;
  • dificuldade na concentração;
  • excesso de informação;
  • frustração e conflitos.

Quais alterações motoras uma criança autista pode apresentar?

Podemos encontrar crianças apáticas, hipotônicas, com a atividade motora reduzida, e posturas viciosas, com dificuldade de iniciar um movimento. Ou crianças hiperativas, sem ter nenhum interesse por objetos ou pessoas.

E de modo geral podemos encontrar déficit de equilíbrio e alteração na marcha.

A importância da fisioterapia no tratamento do autismo

O profissional de Fisioterapia atua diretamente em funções determinantes para a vida da criança e adolescente com autismo, e até mesmo adultos. É importante ressaltar que quanto antes o tratamento iniciar, maior são as chances de uma evolução bem sucedida existir. No caso das habilidades motoras, o Fisioterapeuta atua em funções básicas como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos, engatinhar e a se locomover de maneira geral. Todas essas funções são pré requisitos fundamentais para a melhora da socialização e consequentemente da inclusão tanto escolar como social.

E pais não acreditem na frase que cada criança tem seu tempo. Se perceber algum atraso na fala ou desenvolvimento motor, procure um especialista.

Conclusão

O Autismo é um transtorno ainda desconhecido, com influência direta no desenvolvimento neuropsicomotor de toda criança, manifestando-se ainda no início da infância.

A Fisioterapia Neurofuncional tem extrema importância no tratamento de tal comorbidade e influência muitas vezes, nessas três principais vertentes: a interação social, a coordenação e a linguagem. Ajudando a criança nas AVD’s (atividade de vida diária) e tudo que exija coordenação motora, força e equilíbrio.

Referências

Ver. Eletrôn. Atualiza Saúde/Salvador, v.3, n.3, p.75-83.

Dra. Paloma Rodrigues Gonçalves, Fisioterapeuta | CREFITO 3 228727- F

Graduada em Fisioterapia

Pós graduada em Fisioterapia Neurofuncional

Instrutora de Pilates.

Proprietária da Clínica Paloma Rodrigues Fisioterapia e Pilates, Pilar do Sul/SP.

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